Casais que usam contraceptivos podem comungar?
Por Silvio L. Medeiros
Casais que usam anticoncepcionais dentro do matrimônio podem receber a comunhão?
Casais
que usam métodos contraceptivos dentro da sua vocação, no sacramento do
matrimônio, estão impedidos de comungar por estarem em pecado mortal. É
falta grave porque a matéria sexual diz respeito a fonte da vida humana
e sua expressão máxima de entrega e de amor. É portanto sagradíssima.
Um
casal que usa de sua faculdade sexual se fechando completamente a vida
possível de futuros filhos, e comunga, corre o risco de comungar de sua
própria condenação, como bem nos alertou São Paulo em sua primeira carta
aos Coríntios no capítulo onze: "Portanto, todo aquele que comer o pão
ou beber o cálice do Senhor indignamente será culpável do corpo e do
sangue do Senhor. Que cada um se examine a si mesmo, e assim coma desse
pão e beba desse cálice. Aquele que o come e o bebe sem distinguir o
corpo do Senhor, come e bebe a sua própria condenação" (versos 26-29).
A
única exceção é se o uso do método contraceptivo, no caso a pílula, for
feita para tratamentos exclusivamente terapêuticos, como ovários
polisísticos etc, que tem como consequência, embora não desejada, o
efeito inibidor da ovulação na mulher.
Em
termos gerais, sempre que há utilização da faculdade sexual, ela é por
natureza humana, unitiva (une os esposos) e procriativa (está aberta a
vida). Cada vez que num matrimônio uma das duas finalidades do ato
conjugal é dissociada ou excluída, temos uma grave alteração da ordem
natural da relação sexual humana. Neste caso, a finalidade única de tal
exclusão da capacidade procriadora do ato sexual serve como dispositivo
para liberar o prazer e rejeitar possíveis filhos; é portanto egoísta e
mancha a dignidade humana.
Filhos
não são um mal a ser combatido, muito menos uma ameaça. O fechamento a
vida num ato conjugal através de contraceptivos é o sintôma máximo de
que o amor conjugal que deveria nortear a vida do casal é incapaz de
expandir-se acima de seus próprios interesses, está doente e atrofiado.
Quando
um casal fecha-se em si mesmo pela busca única do prazer, acaba
vertendo seu caminho matrimonial para um caminho de morte. Pois uma vez
que num ato conjugal pleno, o sexo torna-se expressão máxima de entrega,
de aceitação total do outro tal como se é e de doação recíproca, num
ato conjugal fechado a vida o sexo torna-se expressão de desamor pelo
próprio cônjuge já que não existe uma aceitação total do outro na
verdade do seu ser.
A mulher acolhe o homem rejeitando sua capacidade inseminadora, e o
homem acolhe a mulher recusando seus ritmos psicológicos e fisiológicos.
A mulher que se fecha a vida, se fecha à própria natureza
física/espiritual de seu marido: deseja o seu corpo mas rejeita sua
integralidade masculina. O homem que se fecha a vida, se recolhe e
recusa a própria verdade de sua esposa na sua totalidade: renegando a
capacidade fisiológica de sua esposa renega uma própria parte dela.
Separar o sexo da procriação é separar o sexo do amor, e por fim, um do outro.
Em
termos gerais, sempre que há utilização da faculdade sexual, ela é por
natureza humana, unitiva (une os esposos) e procriativa (está aberta a
vida). Cada vez que num matrimônio uma das duas finalidades do ato
conjugal é dissociada ou excluída, temos uma grave alteração da ordem
natural da relação sexual humana.
Neste
caso, a finalidade única de tal exclusão da capacidade procriadora do
ato sexual serve como dispositivo para liberar o prazer e rejeitar
possíveis filhos; é portanto egoísta e mancha a dignidade humana. Filhos
não são um mal a ser combatido, muito menos uma ameaça.
O
fechamento a vida num ato conjugal através de contraceptivos é o sintoma máximo de que o amor conjugal que deveria nortear a vida do
casal é incapaz de expandir-se acima de seus próprios interesses, está
doente e atrofiado. Quando um casal fecha-se em si mesmo pela busca
única do prazer, acaba vertendo seu caminho matrimonial para um caminho
de morte.
Pois
uma vez que num ato conjugal pleno, o sexo torna-se expressão máxima de
entrega, de aceitação total do outro tal como se é e de doação
recíproca, num ato conjugal fechado a vida o sexo torna-se expressão de
desamor pelo próprio cônjuge já que não existe uma aceitação total do
outro na verdade do seu ser.
A
mulher acolhe o homem rejeitando sua capacidade inseminadora, e o homem
acolhe a mulher recusando seus ritmos psicológicos e fisiológicos. A
mulher que se fecha a vida, se fecha à própria natureza
física/espiritual de seu marido: deseja o seu corpo mas rejeita sua
integralidade masculina.
O
homem que se fecha a vida, se recolhe e recusa a própria verdade de sua
esposa na sua totalidade: renegando a capacidade fisiológica de sua
esposa renega uma própria parte dela. Separar o sexo da procriação é
separar o sexo do amor, e por fim, um do outro.
Muito
bem. Então vem a pergunta: quer dizer que dentro de uma sexualidade
verdadeira, completa, total, deve-se ter filhos indiscriminadamente? É
claro que não. A tutela da liberdade a partir de critérios justos,
honestos e retos serão um caminho de perene alegria se forem adotados
pelo casal na hora de planejar a vinda de seus filhos.
É
tendo em conta o bem do casal, a felicidade, a situação econômica do
lar, que os métodos naturais de regulação de natalidade poderão ser
empregados sem maiores reservas. Embora não tenham filhos, se aceitam
mutuamente em sua totalidade, em todas as suas dimensões, mesmo a
procriativa, que neste momento apenas está inativa.
Neste
sentido diz o Papa Paulo VI, na Humanae Vitae, n.16, "se, para espaçar
os nascimentos existem motivos sérios, derivados das condições físicas
ou psicológicas dos cônjuges ou de circunstâncias exteriores, a Igreja
ensina que então é licito ter um conta os ritmos naturais, iminentes às
funções geradoras, para usar do matrimônio só nos períodos infecundos".
Para
que esse espaçamento dos filhos seja feito da maneira mais consciente
possível, existe o famoso método de ovulação ou Billings, que ajuda o
casal a reconhecer o exato momento em que a mulher produz o óvulo, e de
maneira completamente natural, dentro dos ritmos e tempos da mulher.
Este método tem ajudado inúmeros casais em todo o mundo, tanto a espaçar
os filhos quanto a tê-los, e possui inúmeros testemunhos luminosos,
além de 99% de eficácia segundo a OMS.
Para
mais informações procure o CEMPLAFAM, Confederação Nacional de Centros
de Planejamento Natural da Família, que fica na avenida Bernardino de
Campos, 110 na cidade de São Paulo e atende pelo telefone (11) 3889
8800.
Para citar este artigo:
MEDEIROS, Silvio L. Apostolado Veritatis Splendor: Casais que usam contraceptivos podem comungar?. Disponível em http://www.veritatis.com.br/article/4407. Desde 8/8/2007.
MEDEIROS, Silvio L. Apostolado Veritatis Splendor: Casais que usam contraceptivos podem comungar?. Disponível em http://www.veritatis.com.br/article/4407. Desde 8/8/2007.