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segunda-feira, 29 de março de 2010

A Igreja aceita a pena de morte?


A Igreja aceita a pena de morte?

Alguns leitores têm nos perguntado como interpretar o §2266 do Catecismo da Igreja que fala sobre a pena de morte e afirma: “… o ensinamento tradicional da Igreja reconheceu como fundamentado o direito e o dever da legítima autoridade pública de infligir penas proporcionadas à gravidade dos delitos, sem excluir, em caso de extrema gravidade, a pena de morte. ”

A Igreja, na prática, é contra a pena de morte; tanto assim que a cada caso de condenação nos EUA, o Papa pede clemência; aliás, tem pouco adiantado.

Como S. Tomás de Aquino a aceitava, em casos raros, na Idade Média, a Igreja não fechou a porta definitivamente para a possibilidade dela ser usada em “um caso de extrema gravidade”. Esse caso de “extrema gravidade” seria por exemplo comparado à legítima defesa, onde a sociedade não tivesse como se livrar do perigo de um assassino, de forma alguma, nem pela prisão perpétua. Na prática, isto parece não mais existir; especialmente por causa dos presídios de segurança máxima; o que faz a Igreja ser, na prática contra a pena de morte.

Uma prova clara disso, foi que quando da pena de morte aplicada a Sadam Hussein, o Vaticano foi contra a sua execução. A fonte de noticias www.acidigital noticiou o seguinte:

O Vaticano reitera rejeição à pena de morte após execução de Saddam Hussein
VATICANO, 2006-12-30 (ACI).- A Santa Sé reagiu ao anúncio da aplicação da pena capital ao ex-presidente do Iraque, Saddam Hussein, mediante um comunicado do Diretor da Sala de Imprensa, Pe. Federico Lombardi, S.J., quem reiterou a posição da Igreja contra a pena de morte e auspiciou o início de um tempo de reconciliação e paz para o país.

“Uma execução capital é sempre uma notícia trágica, motivo de tristeza, inclusive quando este foi culpado de graves delitos”, diz a nota do Pe. Lombardi.“A posição da Igreja católica, contrária à pena de morte, foi várias vezes reiterada”.

“A morte do culpado não é o caminho para reconstruir a Justiça e reconciliar à sociedade. Existe, pelo contrário, o perigo de que isto alimente o desejo de vingança e se semeie nova violência”, adiciona.O exposto acima deixa claro que a Igreja Católica é contra a pena de morte.


Prof. Felipe Aquino – www.cleofas.com.br

terça-feira, 23 de março de 2010

cristãos devem libertar-se do complexo de inferioridade

Cardeal Rylko: "cristãos devem libertar-se do complexo de inferioridade"

CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 14 de novembro de 2008 (ZENIT.org).- "Para os cristãos, chegou o momento de libertar-se do falso complexo de inferioridade para com o chamado mundo leigo, para poderem ser valentes testemunhas de Cristo."
O Cardeal analisou a situação atual das sociedades ocidentais, caracterizadas pela "ditadura do relativismo", e denunciou a aparição de um "novo anti-cristianismo" que "faz passar por politicamente correto atacar os cristãos, e em particular os católicos".
Hoje, advertiu, "quem quer viver e atuar segundo o Evangelho de Cristo deve pagar um preço, inclusive nas sumamente liberais sociedades ocidentais". "Está ganhando espaço a pretensão de criar um homem novo completamente desarraigado da tradição judaico-cristã, uma nova ordem mundial", acrescentou.
Fonte: Cléofas

segunda-feira, 22 de março de 2010

A BÍBLIA NÃO PODE SER INTERPRETADA À MARGEM DA IGREJA

A BÍBLIA NÃO PODE SER INTERPRETADA À MARGEM DA IGREJA


Por pe. Disán Vázquez (México)
Tradução: Carlos Martins Nabeto
Fonte: http://www.apologetica.org


Pontos de meditação sobre a relação Bíblia-Igreja

A Bíblia não pode ser compreendida corretamente se for separada da Igreja, onde nasceu.

1. A Igreja não nasceu da Bíblia, porque a Igreja é anterior à Bíblia. Ou seja, primeiro veio a Igreja e dela nasceu a Bíblia. O mesmo se deu acerca de Israel, se nos referirmos ao Antigo Testamento (o que se deu também com a Igreja cristã, se nos referirmos ao Novo Testamento).
Quando os livros do Novo Testamento foram escritos, a Igreja já tinha sido fundada por Cristo, pois -recordemos - que Cristo morreu e ressuscitou por volta do ano 30, enquanto que os livros do Novo Testamento foram escritos muito tempo depois. Por exemplo, o Evangelho de São Marcos foi escrito por volta do ano 64; São Lucas escreveu o seu Evangelho entre os anos 65 e 80; dessas datas, mais ou menos, provém o atual Evangelho de São Mateus. Os primeiros livros do Novo Testamento são as cartas de São Paulo, escritas entre os anos 51 e 67. O último foi o Apocalipse, escrito entre os anos 70 e 95.

2. Quando a Bíblia foi escrita (em concreto, o Novo Testamento), a Igreja já era uma comunidade viva, governada pelos apóstolos e por seus sucessores, que transmitiam de viva voz a Palavra de Deus. Nem tudo o que ocorreu foi posto por escrito, nem sequer da vida e da pregação de Jesus (João 21,25; 2Tessalonicenses 2,15; 2Timóteo 1,13; 2,2; 2João 12).

3. A Bíblia é verdadeira Palavra de Deus, e devemos crer e obedecer tudo o que ela nos ensina e manda. Porém, Jesus Cristo não veio para escrever uma Bíblia. Ele veio para inaugurar o Reino de Deus e para isso fundou uma comunidade (a sua Igreja) que fosse no mundo o anúncio e o início permanente desse Reino. Aos seus apóstolos, Jesus não mandou que compartilhassem Bíblias, mas que pregassem e dirigissem a Igreja em seu Nome (Mateus 28,19; Lucas 10,16; Romanos 10,17). Aos seus discípulos, Jesus não mandou que lessem a Bíblia para que conhecessem a sua vontade, mas que seguissem a sua Igreja e as autoridades que constituiu nela (Atos 9,6-17; Mateus 18,15-17). Isto mesmo fez YHWH no Antigo Testamento (Deuteronômio 17,8-13).

Encontramos na Bíblia partes difíceis de ser entendidas e que muitos corrompem o seu sentido, razão pela qual é necessário que alguém, inserido plenamente na Igreja, ajude a compreendê-las (2Pedro 3,16; Atos 8,29-31).

4. A Igreja cristã do século I era guiada pela Palavra de Deus. Porém, esta não estava apenas nos poucos livros escritos por alguns dos apóstolos, mas também era encontrada nas palavras e atos de Jesus, na pregação dos apóstolos, na orientação que davam continuamente à pregação dos apóstolos e na orientação que davam continuamente à Igreja e que ela recolhia, conservava e vivia com fidelidade. A este conjunto de orientações vivas de Cristo e dos apóstolos (que não foram escritas) é que a Igreja chama de "Tradição", a qual se formou na própria vida da Igreja, em suas instituições, em seu cultos e - sobretudo - na sua maneira de compreender as questões estabelecidas na Bíblia.

5. A Tradição é a atmosfera e o ambiente em que esta (a Bíblia) foi escrita e é a chave para interpretá-la corretamente. A Tradição é a vida e a fé da Igreja do século I que, juntamente com a Bíblia escrita, foi conservada e transmitida fielmente.


Para citar este artigo:
(MÉXICO), pe Disán Vázquez. Apostolado Veritatis Splendor: A BÍBLIA NÃO PODE SER INTERPRETADA À MARGEM DA IGREJA. Disponível em http://www.veritatis.com.br/article/1537. Desde 7/14/2003.

quinta-feira, 18 de março de 2010

A CULPA NÃO CONFESSADA CONSOME NOSSAS FORÇAS

Não enfrentar o mal consome a gente. Ter sabedoria para enfrentar o mal é fugir dele para não pecar. A nossa meta é não pecar. Deus não deixa de estar ao lado da pessoa em pecado, mas alguém que não enfrenta o mal e que anda de braços dados com o mal, esta pessoa não consegue enfrentar a presença do Senhor.
Você já prestou atenção que quando não estamos bem com nós mesmos e com o outro, ou quando não estamos bem com Deus a gente não gosta da Igreja? Porque entrar ali é ter que se enfrentar, é ter que olhar para aquilo que não está bem nossa vida, para aquilo que está errado. Entrar na igreja é enfrentar a presença de Deus e nós não conseguimos, porque Ele é luz, então Ele ilumina a situação que está nos incomodando. Mas chega uma hora em que não aguentamos e vamos lá pedir socorro.
“Então eu vos confessei o meu pecado, e não mais dissimulei a minha culpa. Disse: Sim, vou confessar ao Senhor a minha iniquidade. E vós perdoastes a pena do meu pecado”. A quem vamos recorrer ao sermos cercados pela angústia? Nesses momentos angustiantes ninguém consegue nos ajudar, podem até nos apoiar, mas, nessa hora, a única ajuda que é indispensável é a de Deus. A todo aquele, sem exceção: Deus diz: Já que você se arrependeu de coração do mal que fez, esta palavra é para você, “Vou te ensinar, vou te mostrar o caminho que deves seguir; vou te instruir, fitando em ti os meus olhos”.
Deus está nos dizendo que não sejamos pessoas sem freios! Deus não nos constrange, Ele não quer ninguém sendo obrigado, Ele quer o nosso coração e nos quer felizes. Quem é feliz? Feliz é aquele que é perdoado. O perdão mata o câncer da nossa alma. E por que o perdão de Deus é tão importante? Porque extirpa o veneno que nos consumia, o pecado é o câncer da alma. O câncer é uma célula com mania de imortalidade, é uma célula que não quer morrer. E o que ela faz? Ela vai consumindo todas as outras células boas que estão perto dela e, no final, ela mata a pessoa e se mata.
Existe muita gente que acabou sendo um câncer na vida da sua família e por quê? Porque ela tem um desejo de imortalidade tão grande, tem um desejo de felicidade tão grande, que foi passando por cima de todo o mundo que estava perto dela. Fez igual a célula cancerosa, só que chega uma hora em que ela experimenta as consequências do que ela fez. Ela fez um rombo na vida afetiva, na vida profissional dela. Isso é uma mania de imortalidade. O pecado faz isso com a gente. Toda vez que a gente decide ser feliz a qualquer preço, o pecado consome tudo ao nosso redor e também o nosso coração.
A felicidade não é o nosso Deus, nós não a idolatramos. Existem muitas pessoas que pensam que idolatria é ter uma imagem em casa, mas não é isso. Na minha casa eu tenho sempre diante dos meus olhos um crucifixo. E por que eu o tenho? Porque nós, seres humanos, nós somos visuais. Por isso eu preciso ter diante dos meu olhos aquilo que eu não posso esquecer, e eu não quero e não posso esquecer que Jesus Cristo derramou o Sangue por mim na cruz. Ele é o meu Senhor e o crucifixo está ali para me lembrar disso. A felicidade não é o nosso Deus, mas o Senhor faz a nossa felicidade acontecer, pois Ele mesmo é a nossa felicidade. E existe muita diferença nisso, há uma verdade aí, porque se você correr atrás da sua felicidade você vai se frustrar porque ela vai escapar de você, mas busque a Deus primeiro, busque as coisas do Alto e a felicidade virá até você.
Você quer ser feliz? Então rompa com o pecado. Porque no coração da gente não tem espaço para o pecado. Para as coisas de Deus ou é um ou outro. Rompa com o mal. Como? Confessando o seu pecado. A culpa não confessada consome as nossas forças, assim como os dias quentes do verão. O pecado nos consome dessa maneira.
Deus precisa da nossa adesão para nos dar o refrigério de que precisamos.
Márcio Mendes
Comunidade Canção Nova

quarta-feira, 17 de março de 2010

O que é "Santo Daime"

Para nós Brasileiros que estamos acompanhando a trágica morte de um seguidor dessa seita, segue para conhecermos um pouco do que se trata.
Abraços fraternos
*****



Por: D.Estevão Bettencourt
Revista Pergunte e Responderemos, n.340; 1990; pg 422

“A palavra “Daime”, segundo explicam os que a professam, vem do verbo “dar” no imperativo. “Dai-me paz, saúde e felicidade”, eis a aspiração implicada por esse vocábulo. “Santo Daime” designa uma bebida (chá - ayahuasca) preparada parada mediante o cruzamento de dois vegetais da Floresta Amazônica cipó jagube e a folha chacrona.

Tal bebida é utilizada por grupos indígenas do continente americano desde a época pré-colombiana em rituais mágico-religiosos, a fim de proporcionar intuições, alívio físico e psíquico, curas… Ora, eis que no século XX habitantes negros e brancos do Brasil descobriram tal bebida e seus efeitos poderosos, e constituíram em torno dela uma corrente religiosa eclética, cujas origens passaremos a ver.

Raimundo Irineu Serra, negro, nascido em 1892 no Maranhão, foi para o Acre com 20 anos de idade, integrando o movimento migratório de nordestinos para trabalhar na extração do látex. Na Floresta Amazônica, Irineu e seus companheiros foram fundindo a sua cultura com a dos índios; aprenderam a preparar a bebida de cipó jagube e folha chacrona. O uso desse chá proporcionou a Irineu as suas “mirações”: “apareceu-lhe” uma mulher chamada Clara, que se dizia Nossa Senhora da Conceição, a Rainha da Floresta. Relatou Irineu que foi ela quem deu o nome do “Santo Daime” à bebida e ditou normas para a realização do respectivo ritual.

Teria revelado a “Senhora” que aquela bebida tinha muitos nomes, mas o verdadeiro era o próprio verbo divino “dar” - dar para os que necessitassem e pedissem -, originando assim o nome “Daime”. “Daime amor, Daime luz, Daime força” são expressões características do Santo Daime.

O Mestre Irineu passou por uma fase de iniciação no interior da floresta, incluindo jejum de alimentos e abstinência sexual, a fim de adquirir (como se dizia) poderes de mira, vidência e comunicação com os espíritos.

A doutrina revelada a Irineu se codificou nos hinos do Santo Daime, que correspondiam à Bíblia Sagrada; esses hinos, recebidos do além, são tidos como a linguagem de comunicação com o astral, onde estão todos os seres divinos. Neles se encontram expressas crenças do cristianismo, das religiões africanas e das indígenas, ou seja, de três culturas (a branca, a negra, a indígena). Evocam Jesus Cristo, Nossa Senhora da Conceição, São João Batis­ta, o patriarca São José, Tuperci, Ripi Iáiá, Currupipipiraguá, Equiôr, Tucum, Barum, Marum, Papai Paxá, B.G., Rei Titango, Rei Agarrube, Rei Tintuma, Princesa Soloína, Princesa Janaína e Marachimbé.

Os seguidores do Mestre Irineu tomaram o nome de “Povo de Juramidam”, expressão composta de Jura (= pai) e Midam (= filho). Tal é o nome que o iniciador da seita diz ter recebido das entidades divinas. Juramidam represen­ta a segunda volta de Jesus Cristo à terra, sendo assim o Povo de Juramidam o Povo de Jesus Cristo.

Mestre Irineu foi se deslocando no Estado do Acre de região em região, até que em 1945 recebeu do senador Guiomar dos Santos uma área no local denominado “Colônia Custódio Freire”, onde fundou o Centro de iluminação Cristã Luz Universal, o Alto Santo, que chegou a congregar 500 membros efetivos e receber milhares de visitantes desejosos de conhecer o Santo Daime.

A fama dessa instituição se espalhou no estrangeiro, de modo que até junho de 1980 um total de 1201 pessoas vindas do exterior haviam assinado o livro de visitantes e tomado o Santo Daime. Provinham da Argentina, da Bolívia, do Peru, da Colômbia, da Venezuela, do Chile, da Inglaterra, da França, da Itália, da Suíça, da Alemanha, de Portugal, de Israel, do Canadá e do Japão.

Outra sede do Santo Daime é a Colônia dos Cinco Mil (Acre), que no foro civil é registrada como entidade filantrópica, tendo o nome de “Centro Eclético de Fluente Luz Universal Raimundo Irineu Serra” (CEFLURIS). Em 1976 havia na Floresta Amazônica 25 Colônias unidas entre si pela utilização do Santo Daime. As festas oficiais do Santo Daime acompanham o calendário cristão. O ano religioso começa em 6 de janeiro, em homenagem aos Três Reis do Oriente. Isso, porém, não implica compromisso como cristianismo; o Santo Daime é um sincretismo religioso, que atrai por suas promessas de “cura” e “mirações” (intuições). Não se coaduna com a fé católica.


O governo brasileiro oficializou na terça-feira (26) as regras para o uso religioso do ayahuasca, chá também conhecido como santo-daime, entre outras denominações, e utilizado principalmente em cerimônias religiosas no Norte do País. A resolução, publicada no Diário Oficial da União, veta o comércio e propagandas do composto, que só poderá ser cultivado e transportado para fins religiosos e não lucrativos. Em 1985, a bebida chegou a ser proibida no País, mas liberada dois anos depois, para uso religioso. No início dos anos 90 houve nova tentativa de proibir o chá, também refutada. Em 2002, mais uma vez houve denúncias de mau uso do chá”.

D. Estevão Bettencourt.

Fonte: Blog do Prof Felipe Aquino

Fecundação assistida aumenta risco de morte dos fetos

É o que revela uma pesquisa realizada na Dinamarca

COPENHAGUE, terça-feira, 2 de março de 2010 (ZENIT.org).- Um estudo realizado no Hospital da Universidade de Aarhus, na Dinamarca, revelou que os fetos que são fruto de reprodução assistida têm um risco quatro vezes maior de nascerem mortos que os que são concebidos de forma natural.

Os resultados do estudo foram publicados recentemente na revista da Sociedade Europeia de Reprodução e Embriologia Humana Human Reproduction.

A pesquisa analisou mais de 20.000 gravidezes e obteve como resultado que de cada mil mulheres que concebem de maneira assistida, com métodos como IVF (fecundação in vitro) e ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozóides) 16,2 dão à luz um bebê morto, enquanto que no mesmo número de mulheres que não utilizam esses métodos, o risco se reduz a 3,7.

Diante dos resultados, a diretora desta pesquisa, Kirsten Wisborg, disse que quem se submete a tais tratamentos “não tem de se preocupar”, devido a que “isso não necessariamente indica que o aumento do risco de morte fetal seja explicado pela infertilidade e pode ser mais devido a outros fatores como a tecnologia com a qual se aplicam o IVF e o ICSI, ou algumas diferenças fisiológicas nos casais que se submetem a esses tratamentos”.

ZENIT consultou o ginecologista espanhol Esteban Rodríguez Martín, membro da plataforma Ginecologistas pelo Direito a Viver (DAV), que assegurou que sempre a fecundação assistida “supõe um alto custo de vidas humanas”.

“Este novo trabalho de pesquisa demonstra que a ineficiência (dos métodos de reprodução assistida) não só aumenta a morte de embriões nos tubos de ensaio e nos congeladores, mas também aumenta a morte de crianças em fase final”, diz o médico.

Rodríguez assinalou a importância de que “os casais estejam informados dos riscos que as técnicas de transferência e produção artificial de embriões implicam para seus filhos”.

Amostra

A pesquisa levou em conta 20.166 mulheres grávidas, das quais 82% tinham concebido de maneira natural e 10% conceberam um ano depois da primeira tentativa. Entre o restante, 4% havia concebido com tratamento de IVF e ICSI e 4% com outras formas de tratamento.

Nessa amostra, todas as mulheres estavam grávidas pela primeira vez e esperavam apenas um filho. De cada uma se tomou um registro de sua história obstétrica, em que se analisaram fatores como o tempo que levou engravidar-se, os tratamentos utilizados e a idade.

Também se tiveram em conta alguns hábitos como tabagismo, consumo de álcool e café durante a gravidez, o estado civil, nível de educação e seu estado psicológico.

O estudo concluiu que as mulheres que mostraram menos risco de ter um bebê morto ao nascer foram as que tinham concebido de maneira natural, sem nenhum tipo de tratamento. Entre as que conceberam de forma espontânea em um lapso de 12 meses, o risco foi de 3,7 para cada 1.000, e nas que tardaram mais de um ano para conceber de forma espontânea, o risco foi de 5,4 por 1.000.

Para o doutor Esteban Rodríguez, a fecundação assistida está “derivando para a mercantilização da vida humana”.

“A indústria da produção embrionária, valendo-se de um sentimentalismo superficial e do sofrimento por não ter descendência de milhares de casais em todo o mundo desenvolvido, obstinado em atrasar e planejar artificialmente ao máximo a maternidade, coisifica os embriões, dando-lhes um trato indigno do ser humano”, denunciou.

“Congelamentos, experimentos, seleções eugenésicas, inclusive transferências a casais de mulheres unidas por vínculos afetivos homossexuais são alguns exemplos desta mercantilização e coisificação deste lucrativo negócio em que se converteu o tratamento da infertilidade”, concluiu o ginecologista.

(Carmen Elena Villa)

Fonte: Zenit.com

sexta-feira, 12 de março de 2010

Milagre atribuído a João Paulo II

Nenhuma objeção ao milagre atribuído a João Paulo II
Confirma o arcebispado francês de Aix-en-Provence
Por Jesús Colina

PARIS, quinta-feira, 11 de março de 2010 (ZENIT.org). – A análise do suposto milagre vivido por uma religiosa francesa que sofria do mal de Parkinson, atribuído à intercessão de João Paulo II, atende às exigências estabelecidas pela Congregação para as Causas dos Santos, confirmaram fontes oficiais da Igreja na França.

A Conferência Episcopal Francesa publicou nessa quarta-feira em sua página na web (http://www.cef.fr/) um comunicado do sacerdote Luc Marie Lalanne, chanceler do arcebispo de Aix-en-Provence, em que são desmentidas supostas alegações de que a irmã Marie Simon Pierre teria sofrido uma recaída em sua doença.

“Em nome da Congregação das Pequenas Irmãs das Maternidades Católicas e do Arcebispado de Aix-en-Provence, desminto categoricamente esta afirmação”, diz o padre Lalanne. “A irmã Marie Simon Pierre continua a gozar da mais perfeita saúde”, sublinha.

A religiosa de 48 anos, que oferece sua obra de caridade numa maternidade de Paris, está bem, como testemunham diversas pessoas a ela ligadas.

“Conforme declarou recentemente a assessoria de imprensa da Santa Sé, o processo romano referente a esta cura potencialmente milagrosa encontra-se em fase inicial e segue seu curso em condições normais, com toda a seriedade e precisão exigidas para as investigações que precedem o reconhecimento de um milagre”, conclui o comunicado do chanceler.

A investigação diocesana sobre a suposta cura inexplicável da irmã Marie Simon Pierre, que teria ocorrido em junho de 2005, foi conduzida em 2007 pela arquidiocese de Aix-en-Provence, em cuja jurisdição se encontra a maternidade na qual a freira trabalhava na época.

Ainda que Bento XVI tenha concedido a licença para a não observância do prazo mínimo de cinco anos exigido para a condução da causa de beatificação de João Paulo II, o processo está sendo submetido a todas as fases exigidas como em qualquer outro caso, entre as quais está previsto o reconhecimento, por uma comissão médica, de uma cura inexplicável, que em seguida deve ser reconhecida como um “milagre” por uma comissão teológica, por uma comissão de cardeais e bispos e, finalmente, pelo próprio Papa.

O postulador da causa de beatificação de Karol Wojtyła, o sacerdote polonês Slawomir Oder, explicou em 27 de março de 2007 que o caso da irmã Marie Simon Pierre foi escolhido, dentre diversos outros apresentados, por dois motivos: por ela ter sido curada de uma doença que também acometeu o Papa, e porque, uma vez curada, pôde continuar a se dedicar à “batalha pela defesa da vida” na maternidade, como fez o pontífice polonês em seu magistério e ministério.
Fonte: Zenit.com

quarta-feira, 10 de março de 2010

Historiador judeu: Pio XII não foi o "Papa de Hitler"

Historiador judeu: Pio XII não foi o "Papa de Hitler"

ROMA, 08 Mar. 10 (ACI) .- O historiador judeu nascido em Praga, Saul Friedländer, assinala em uma recente entrevista no semanário Le Point que Pio XII não foi o Papa de Hitler. Deste modo recorda a aversão do Papa Pacelli pelo nazismo e sua decisiva colaboração na encíclica Mit brennender Sorge de Pio XI na qual se deplora esta ideologia.
Friedländer ensinou história contemporânea no Instituto universitário de altos estudos internacionais de Genebra. Trabalhou também nas universidades de Los Angeles (EUA) e Tel Aviv (Israel). É autor, entre outros livros de "Hitler e os Estados Unidos", "Pio XII e o Terceiro Reich" e "Reflexões sobre o futuro de Israel".
Em entrevista concedida ao semanário Le Point dada conhecer pelo L'Osservatore Romano, o historiador judeus se refere ao "silêncio de Pio XII afirmando que se a Igreja tivesse elevado sua voz, hoje sua 'grandeza' seria recordada". Hoje se sabe que a verdadeira grandeza deste Papa esteve no seu silêncio que permitiu que ele salvasse mais de 700.000 judeus de perecer sob o regime nazista.O LOR assinala que ante diversas acusações deste tipo, "Friedländer considera que não quer transformar, como outros têm feito, a Pio XII no 'Papa de Hitler'.
Recorda, ao contrário, a aversão do Papa Pacelli pelo nazismo e sua decisiva colaboração na redação da Mit brennender Sorge", a encíclica de Pio XII que condena a ideologia nazista.
Fonte: ACI Digital

terça-feira, 9 de março de 2010

Bebê prematuro sobrevivente

Ao ler essa reportagem, fiquei pensando... essa é a beleza do amor, do lutar pela vida. Enquanto mulheres lutam para ter o direito de matar seus filhos em seu ventre, essa viu seu filho sendo submetido a 6 meses de tratamento intensivo para poder levá-lo pra casa, por ter nascido tão pequeno.
Situações como essa nos lembram que devemos lutar pela vida, a cada dia, pela nossa e pelo de cada bebê que hoje corre o risco de ser assassinado, sem ter o direito de ver o sol nascendo. Assim como esse bebê, que lutou e conseguiu sair de 275 gramas para quase quatro quilos em seis meses, e viver!
Lutemos pela vida, ao lado de Deus, que é o Deus da Vida!

BERLIM, 07 Mar. 10 (ACI) .- Um bebê menino que nasceu em 25 de junho de 2009 com 275 gramas de peso, sobreviveu logo depois de seis meses de tratamento e foi dado de alta em dezembro passado, convertendo-se no menor recém-nascido (varão) do mundo que conseguiu sobreviver.Este fato foi destacado pela imprensa ao assinalar que de acordo à experiência médica, os bebês prematuros que nascem com menos de 350 gramas de peso falecem ao pouco tempo de nascer.
Conforme indicou o porta-voz da Universidade Médica de Göttingen (UMG), Stefan Weller, o bebê nasceu na vigésima quinta semana de gestação com 275 gramas e após seis meses na unidade de cuidados intensivos, foi dado de alta em dezembro com 3,7 quilogramas de peso.
Este menino se converteu no quarto bebê do mundo que sobreviveu logo depois de nascer com um peso tão baixo, e no primeiro de sexo masculino. Segundo as estatísticas, as possibilidades de sobrevivência dos bebês prematuros são 25 por cento mais altas nas meninas.
Segundo a UMG, a mãe chegou em junho à clínica universitária por complicações na gravidez. A pesar que os médicos tentaram atrasar o parto, este teve que dar-se através de uma cesárea.Indicou-se que o menino não teve complicações severas como derrames cerebrais ou infecções letais, e que para favorecer seu desenvolvimento motor e neurológico, está sendo submetido à estimulação precoce e a controles médicos regulares.
Fonte: ACI Digital

segunda-feira, 8 de março de 2010

Um convento no Coração da Igreja

UM CONVENTO NO CORAÇÃO DA IGREJA
No coração do Vaticano, à sombra da cúpula de São Pedro, há um convento consagrado à Mãe da Igreja. Sua construção é antiga, simples, e foi adaptada, alguns anos atrás, para as necessidades de uma ordem contemplativa. A idéia de ter, dentro do Vaticano, um mosteiro contemplativo que tivesse como missão rezar pelo Papa e pela Igreja, foi de João Paulo II.
Sua inauguração se deu dia 13 de maio de 1994, memória de Nossa Senhora de Fátima. Essa tarefa é confiada, cada cinco anos, a uma diferente ordem contemplativa. A primeira comunidade internacional era composta por Clarissas provenientes de seis diferentes países: Itália, Canadá, Ruanda, Filipinas, Bósnia e Nicarágua. Sucessivamente, foram substituías pelas Carmelitas, que continuaram a rezar e a oferecer a vida pelas intenções do Papa.
Desde o dia 7 de outubro de 2004, festa de Nossa Senhora do Rosário, encontram-se no mosteiro sete Irmãs Beneditinas, de quatro diferentes nacionalidades. Uma é filipina, uma vem dos Estados Unidos, duas são francesas e três, italianas.
Com essa fundação, João Paulo II mostrava à opinião pública mundial, sem palavras, mas de maneira clara, quanto a vida contemplativa é importante e indispensável, mesmo em nossos tempos, e quanto valor ele atribuía à oração no silêncio e ao sacrifício oculto. Ele queria ter próximas de si as religiosas de clausura para que rezassem por ele e por seu pontificado, pois estava convicto de que a fecundidade de seu ministério de pastor universal e o êxito espiritual de sua imensa obra proviriam, em primeiro lugar, da oração e dos sacrifícios de outros.
O Papa Bento XVI tem a mesma convicção. Duas vezes foi celebrar a santa Missa junto às “suas irmãs”, agradecendo-lhes pela oferta de suas vidas.As palavras que dirigiu, dia 15 de setembro 2007, às Clarissas de Castel Gandolfo, valem para as irmãs de clausura do Vaticano: “Eis então, queridas Irmãs, o que o Papa espera de vós: que sejais chamas ardentes de amor, “mãos postas” que vigiam em oração incessante, totalmente separadas do mundo, para apoiar o ministério daquele que Jesus chamou para guiar a sua Igreja”.
Não é por acaso que o Papa João Paulo II escolheu ordens femininas para essa tarefa. Na história da Igreja, seguindo o exemplo da Mãe de Deus, sempre foram as mulheres a acompanhar e apoiar, com orações e sacrifícios, o caminho dos apóstolos e dos sacerdotes em suas atividades missionárias. Por isso, as ordens contemplativas consideram como próprio carisma “a imitação e a contemplação de Maria”. Madre M. Sofia Cicchetti, atual priora do mosteiro, define a vida de sua comunidade como uma vida mariana cotidiana: “Nada é extraordinário aqui. Nossa vida contemplativa e claustral somente pode ser compreendida à luz da fé e do amor de Deus. Em nossa sociedade consumista e hedonista, parece ter desaparecido tanto o sentido da beleza e do estupor perante as grandes obras que Deus realiza no mundo e na vida de cada homem e mulher, quanto a adoração pelo mistério de Sua amorosa presença junto a nós.
No contexto do mundo de hoje, nossa vida, afastada do mundo, mas não indiferente a ele, poderia parecer absurda e inútil. No entanto, podemos testemunhar com alegria que não é uma perda doar o tempo só para Deus. Lembra a todos, profeticamente, uma verdade fundamental: a humanidade deve ancorar-se em Deus. Queremos ser como “Moisés”: com os braços erguidos e o coração dilatado por um amor universal, intercedemos pelo mundo, tornando-nos, dessa forma, “colaboradoras no mistério da redenção” (cf Verbi Sponsa, 3).
Nossa tarefa se funda mais que no “fazer”, no “ser” nova humanidade. À luz de tudo isso, podemos dizer que nossa vida é rica de sentido; não é perda e desperdício, nem recusa ou fuga do mundo, mas alegre doação a Deus-Amor e a todos os irmãos sem exclusão, e aqui, no “Mater Ecclesiae”, em particular pelo Papa e seus colaboradores”. Irmã Chiara-Cristiana, superiora das Clarrissas da primeira comunidade no Vaticano, testemunha: “Quando cheguei aqui, encontrei a vocação na minha vocação: dar a vida pelo Santo Padre como Clarissa. Assim foi para todas as outras co-irmãs”.Madre M. Sofia confirma: “Nós, como Beneditinas, somos profundamente ligadas à Igreja que está no mundo inteiro, e sentimos, portanto, um grande amor pelo Papa, onde quer que estejamos.
Certamente, ser chamadas tão próximas a ele – inclusive fisicamente – neste mosteiro “original”, aprofundou o amor por ele. Procuramos transmitir isso a nossos mosteiros de origem. Sabemos que somos chamadas a ser mães espirituais em nossa vida oculta e no silêncio. Entre nossos filhos espirituais, ocupam um lugar privilegiado os sacerdotes e os seminaristas, e todos os que se dirigem a nós pedindo apoio para suas vidas e seu ministério sacerdotal. Nossa vida quer ser “testemunho da fecundidade apostólica da vida contemplativa, em imitação de Maria Santíssima, que no mistério da Igreja apresenta-se de maneira eminentemente singular como virgem e mãe” (cf LG 63).
Fonte: Revista Adoração Eucarística pela Santificação dos Sacerdotes e Maternidade Espiritual, da Congregação para o Clero

terça-feira, 2 de março de 2010

Sobre o Purgatório

ENTREVISTA COM FREI JOSUÉ PEREIRA SOBRE O PURGATÓRIO


“Obedecer a lei de Deus e fugir do pecado, é isso que determina o seu destino eterno”

Ministeriado em Cura e Libertação, Frei Josué Pereira, da Ordem dos Frades menores conventuais da Província de Brasília, explica o que é purgatório e o que acontece com a alma quando se desliga do corpo e fica neste lugar à espera da salvação.

cancaonova.com: O que é o purgatório?

Frei Josué: O purgatório é uma das realidades que acontecem depois da morte. É um dogma de fé da Igreja e quem não o aceita, não pode se dizer completamente católico.
Depois da morte, que é a separação do corpo e da alma, acontece o juízo particular. Ali, a alma é julgada por Deus e tem dois destinos: a eternidade feliz (o céu) ou a eternidade infeliz (o inferno)(…) No céu só entram os puros, e a Palavra é muito clara: “Os puros de coração verão a Deus”. O purgatório, então, é uma antessala do céu. As pessoas que morreram arrependidas de seus pecados e se confessaram, não vão para o inferno. O que as leva para lá é a culpa dos pecados, mas estes também tem as penas temporais, que é o estrago que ele próprio causou à pessoa, à sociedade e à Igreja como um todo. Então, essa pessoa tem de passar por um processo de purgamento (daí o nome purgatório; de purificação) para ver a Deus.

cancaonova.com: O que acontece com as almas enquanto estão neste lugar?

Frei Josué: Quando acontece a morte, acaba-se o chamado ‘merecimento’. Você não merece mais nada, só pode esperar na misericórdia de Deus e na oração dos vivos. As almas ficam no purgatório por um tempo, mas é claro que o tempo do Senhor é bem diferente do nosso, pois estamos falando de uma realidade pós-morte, quer dizer, num sentido atemporal.
Quando dizemos tempo, quer dizer que tem uma duração, ou seja, um início e um final. As pessoas ficam submetidas à misericórdia divina, purgando todas as penas desses pecados até poderem, livremente, ver a face de Deus na glória que nós chamamos de céu.

cancaonova.com: Como se determina esse tempo?

Frei Josué: Esse tempo é determinado de acordo a gravidade dos pecados cometidos e as suas consequências, que são as penas. Muitos santos tiveram a graça de Deus, como Santa Catarina de Gênova e o próprio São Francisco, de serem levados em êxtase ao purgatório; e todos são unânimes em dizer que é um lugar de grande sofrimento.
Mas lá existe uma coisa que não existe no inferno, a esperança. Se as almas recebem orações daqui e as aceita, claro que esse purgatório pode ser diminuído. São os mistérios da misericórdia de Deus.

cancaonova.com: Estando lá, as almas podem ainda obter salvação?

Frei Josué: Sim, elas não vão mais para o inferno. Essa é a grande alegria; por isso não se desesperam. Elas sabem que ofenderam a Deus, pois ali se tem consciência total da gravidade dos pecados. Por isso, cada vez que formos pecar aqui na terra, devemos pensar, porque é desesperador saber que Deus está ali, atrás da porta, mas você não consegue vê-Lo.
A única coisa que consola uma alma é a visão beatífica de Deus. Então, de um lado há um grande esforço de querer ver Deus; por outro, um reconhecimento profundo de que não se está preparado ainda. É um dilema, uma dor; e essa dor é purgativa, cura e faz com que ela pague todo o castigo merecido pelas penas dos seus pecados.

cancaonova.com: Todos nós passaremos por este lugar?

Frei Josué: Uma coisa muito importante é sabermos que existe o arrependimento perfeito. Um exemplo disso é Dimas, o bom ladrão que está ao lado de Cristo na crucifixão. Ele teve um arrependimento tão perfeito, que o Senhor lhe disse: “Ainda hoje estarás comigo no Paraíso”(Lc 23,43).
Por outro lado, alguns textos da Palavra de Deus como Mateus, capítulo 5, diz assim: “Entrem em acordo, sem demora, com o seu adversário, enquanto ainda estás em caminho com ele, para que se suceda que te entregue ao juiz e o juiz te entregue ao ministro e te seja posto em prisão. Em verdade eu te digo, dali não sairás antes de ter pago o último centavo” (cf. Mt 5,25-26). Este é o purgatório.


Para a maioria de nós é muito difícil, mesmo diante de confissão e tanto conhecimento, fazer um ato de arrependimento perfeito, arrepender-se de coração. Elas pensam assim: “Eu preciso ir para o céu, tenho de me arrepender”. Mas, muitas vezes, elas sentem vergonha de ter feito aquilo, mas não de ter ofendido a Deus.
A contrição perfeita, que nos livra do purgatório, é essa consciência que as almas do purgatório tem: “Eu ofendi a Deus, não podia ter feito isso. Ele me deu tanto amor, tanta graça necessária para a minha salvação, mas eu não aproveitei. Eu mereço isso, eu merecia o inferno”. É um misto de contrição e esperança. Então, se vai passar pelo purgatório ou não, depende da contrição perfeita. Por isso, é importante confessar-se sempre.

cancaonova.com: Ele pode se tornar definitivo para algumas almas?

Frei Josué: Não. Inclusive, quando Jesus voltar, ele eliminará o purgatório; só haverá o céu e o inferno.

cancaonova.com: Até mesmo os santos tem a obrigatoriedade de fazer essa passagem?

Frei Josué: O que é um santo? É aquele que praticou as virtudes em grau heróico. Muitas pessoas são santas e estão no céu, mas não são canonizadas. Quando a Igreja canoniza um santo, está dizendo que ele é um modelo perfeito, uma pessoa bem parecida com Cristo. Então, esse processo de purificação já foi pago aqui.
Eu preciso falar também que existem três realidades que nos ajudam a evitar ou até a cortar o próprio purgatório. A primeira é a caridade, pois a Palavra diz que a caridade apaga uma multidão de pecados. Então, a pessoa que é muito caridosa, faz muito bem aos pobres por amor a Jesus – e essa é a verdadeira caridade –, ela paga muito do seu purgatório aqui na terra.

Uma outra graça é aceitar os sofrimentos com paciência. Se aceita com paciência, humildade, já estão vivendo aqui o seu purgatório. Uma outra forma são as indulgências plenária ou parcial, porque elas perdoam as penas dos pecados. Se a Igreja determina que um tempo seja de indulgência e você faz algumas práticas de piedade, como uma hora de adoração e a oferece nas intenções do Santo Padre, você ganha indulgências, ou seja, o perdão das penas. O seu purgatório está sendo evitado. Você também pode aplicar essas indulgências às almas dos seus falecidos, que você deve sempre rezar por elas.

cancaonova.com: O que leva uma pessoa para o céu ou para o inferno segundo a Igreja?

Frei Josué: O que determina é a recompensa que cada um receberá das suas obras. Deus retribuirá a cada um de acordo com elas. É a prática ou não dos dez mandamentos resumidos em dois: “Amar a Deus sobre todas as coisas” e “Amar ao próximo como a si mesmo”. Obedecer a lei de Deus e fugir do pecado, é isso determina o seu destino eterno, ou seja, o céu e o inferno começam aqui, consequentemente, o nosso purgatório também.

cancaonova.com: Por que a Igreja Católica reza pelas almas do purgatório?

Frei Josué: Justamente por que a Igreja acredita, como a Palavra de Deus nos ensina, que quando uma pessoa morre, ela não pode mais fazer nada por ela mesma, pois está entregue à misericórdia de Deus e a sua própria história, pela qual ela é julgada. Mas os outros podem fazer isso por ela. É uma prática bíblica; sempre se rezou pelos mortos. Os primeiros santos foram mártires e, no túmulo deles, se fazia oração. Então, sempre houve essa questão da comunhão.

cancaonova.com: As almas do purgatório podem interceder por nós?

Frei Josué: Claro. Elas não podem fazer nada por elas mesmas, mas podem oferecer o sacrifício. E quem reza tem esse grande privilégio de receber auxílio em muitos momentos. E quando essas almas saírem do estado de purgatório e chegarem ao céu, à plenitude da salvação, verdadeiramente elas vão poder fazer mais por nós.


FONTE: Canção Nova

segunda-feira, 1 de março de 2010

Mulher que ameaçou ativista pró-vida com uma faca desiste de abortar graças a ela

Essa é pra provar que devemos sempre lutar pela vida! Mesmo que pareça que a vitória está perdida!
Abraços
João Batista

NOVA IORQUE, 19 Fev. 10 (ACI) .- Uma mulher grávida, que ameaçou com uma faca uma ativista pró-vida que se manifestava pacificamente nos subúrbios de uma clínica abortista em Duluth, Minnesota (Estados Unidos), explicou que foi graças à valente intervenção da jovem que desistiu de abortar e conservar o seu bebê.Os fatos ocorreram no último 24 de novembro de 2009 mas somente agora, no juízo que segue por esta agressão, que se conheceu a desistência de abortar de Mechelle Hall, uma mulher de 26 anos que ameaçou Leah Winandy, de 21 anos de idade com uma faca na garganta.
Ela, sua mãe Sarah Winandy e outros ativistas se manifestavam pacificamente nos subúrbios de uma clínica abortista tratando de convencer às mulheres para que não abortem a seus bebês."Obrigado por estar ali. Se você não estivesse ali, provavelmente teria seguido adiante e me arrependido para o resto de minha vida. Provavelmente teria seguido outro caminho (o aborto). Estou verdadeiramente triste pelo que fiz a ela", declarou Hall por telefone ao ser consultada sobre o que pensava de Winandy.
Por sua parte, Leah Winandy de Wisconsin comentou que "estava ali para pedir às mães que não matassem seus bebês na clínica abortista. Ela (Hall) caminhava em minha direção. Tirou uma faca e a movia enquanto me dizia 'não se aproxime de mim' e eu lhe disse 'por favor não mate seu bebê. Tenha temor a Deus'. Aproximei-me um pouco mais e lhe disse: 'olhe e escute o seu ultra-som'. Ela se apoiou sobre mim e pôs a faca na minha garganta".
O escritório do fiscal que acompanha o caso contatou Leah Winandy e perguntou se estava de acordo que Mechelle Hall recebesse como pena a liberdade condicional em vez de ser mandada para a prisão. Ela assentiu. "Perdôo Mechelle pelo que ela fez e o faço porque Deus me deu o perdão em meu coração por ela", adicionou.
Mechelle Hall explicou que saberá o sexo do bebê, que leva em seu seio desde novembro, no próximo mês de março.Por sua parte, o Diretor Nacional da Priests for Life (Sacerdotes pela Vida), Pe. Frank Pavone, disse que este caso mostra "a verdade sobre quem procura abortar e inclusive sobre os que fazem os abortos: estão confundidos e são ambivalentes. Apesar dos seus esforços por aparentar estar seguros do que fazem, não estão. Frente à retórica sobre a 'liberdade de escolher', se dirigem rumo ao aborto porque sentem que não têm liberdade nem opção".
"E a lição para os ativistas pró-vida é que aquilo que com freqüência se apresenta como ira e desgosto é o primeiro passo para a conversão. Não devemos temer estas reações", concluiu.
Fonte: ACI Digital Agência Católica de Notícias