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quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Carta aos sacerdotes sobre a obediência

Ao ler essa carta, lembro a todos nós leigos que continuemos com nossas orações pela santificação de nossos sacerdotes.

Abraço cordial
João Batista.

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Carta aos sacerdotes sobre a obediência

Pelo arcebispo Mauro Piacenza, secretário da Congregação vaticana para o Clero

CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 24 de novembro de 2009 (ZENIT.org).- Publicamos a carta que o arcebispo Mauro Piacenza, secretário da Congregação vaticana para o Clero, enviou aos presbíteros sobre a promessa de obediência que fizeram ao se ordenar sacerdotes.

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“Prometes filial respeito e obediência a mim e aos meus sucessores?”

(Pontificale Romanum De Ordinatione Episcopi, presbyterorum et diaconorum,
editio typica altera, Typis Polyglottis Vaticanis 1990).

Caríssimos irmãos no sacerdócio

Ainda que não estejam vinculados pelo voto solene de obediência, os ordinandos fazem a promessa de “filial respeito e obediência” ao próprio Bispo e aos seus sucessores. Se, por um lado, é diferente o estatuto teológico entre um voto e uma promessa, idêntico é o compromisso moral definitivo e total, idêntica é a oferta da própria vontade à vontade de um Outro: à vontade Divina, eclesialmente mediada.

Num tempo como o nosso, fortemente marcado pelo relativismo e pelo democratismo, com vários autonomismos e libertarismos, parece ser sempre mais incompreensível uma tal promessa de obediência. Normalmente é concebida como uma diminutio da liberdade humana, como um perseverar em formas obsoletas, típicas de uma sociedade incapaz da autêntica emancipação.

Nós, que vivemos a obediência autêntica, bem sabemos que não é assim. A obediência na Igreja não é contrária à dignidade e ao respeito da pessoa e não deve ser concebida como uma subtração de responsabilidade ou como uma alienação.

O Ritual latino utiliza um adjetivo fundamental para a justa compreensão de tal promessa. Define a obediência somente depois de ter inserido o “respeito”, devidamente adjetivado com “filial”. Ora, o termo “filho” em todas as línguas é um nome relativo, que implica a relação entre o pai e o filho. Justamente neste contexto relacional deve ser compreendida a obediência que um dia prometemos. O pai, neste contexto, é chamado a ser realmente pai, e o filho, a reconhecer a própria filiação e a beleza da paternidade que lhe é doada. Tal como informa a lei natural, ninguém escolhe o próprio pai e, da mesma forma, ninguém escolhe os próprios filhos. Somos, portanto, todos chamados – pais e filhos – a ter uma visão sobrenatural, de grande misericórdia recíproca e de grande respeito. Trata-se de ter a capacidade de olhar ao outro tendo presente o Mistério bom que o gerou e que sempre, ultimamente, o constitui. O respeito é, em linha de máxima, simplesmente este: olhar a alguém tendo presente a um Outro!

Só em um contexto de “respeito filial” é que se torna possível uma autêntica obediência, que não será apenas formal, mera execução de ordens, mas apaixonada, completa, atenta e capaz de gerar frutos de conversão e de “vida nova” naquele que a vive.

A promessa é feita ao Bispo do tempo da Ordenação e aos seus “sucessores”, justamente porque a Igreja procura evitar os excessos personalistas. Coloca no centro a pessoa, mas não os subjetivismos que desvinculam da força e da beleza – histórica e teológica – da Instituição. Também na Instituição, que é de origem divina, habita o Espírito Santo. A instituição é, por sua própria natureza, carismática e, neste sentido, estar livremente ligada a ela, no tempo (sucessores) significa poder “permanecer na verdade”, permanecer n’Ele, presente e operante no seu corpo vivo que é a Igreja, na beleza da continuidade temporal, no passar dos séculos, que nos une indivisivelmente a Cristo e aos Apóstolos.

Peçamos à Ancilla Domini – que é a obediência por excelência, Aquela que também na fatiga exultou dizendo: “Eis-me aqui a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a vossa palavra” – a graça de uma obediência filial, plena, alegre e pronta; uma obediência que nos livre de todo protagonismo e que possa mostrar ao mundo que é realmente possível doar tudo a Cristo e ser plenamente realizados e autenticamente homens.




X Mauro Piacenza
Arcebispo tit. de Victoriana
Secretário

Sofrimento dos angolanos expulsos do Congo

Segue uma triste reportagem, retirada do Site Zenit.org, que mostra a triste realidade de nossos irmãos no Congo, e a ajuda que a Igreja Católica tem dado a esses. Que estejamos intercedendo a Deus por nossos irmãos e por aqueles que os estão ajudando.
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Sofrimento dos angolanos expulsos do Congo

LUANDA, terça-feira, 24 de novembro de 2009 (ZENIT.org).- Os governos da República Democrática do Congo e da República do Congo estão expulsando todos os angolanos residentes em seus territórios e, ao que parece, com grande brutalidade.

Os angolanos expulsos vivem “um sofrimento indizível” e devem suportar “condições horripilantes”, segundo explicaram à associação Ajuda à Igreja que Sofre o padre Andrzej Halemba e Ulrich Kny, dois colaboradores de AIS que viajaram a Angola nas duas últimas semanas.

Padre Halemba e Kny descreveram com estas palavras a situação dos campos de refugiados na cidade de Damba, no norte de Angola.

Os policiais congoleses, em uniforme ou não, “apresentam-se sem aviso e pedem aos angolanos que abandonem imediatamente o país”, explica a associação. Milhares de pessoas se veem assim obrigadas a voltar a Angola sem sequer a possibilidade de levar consigo seus já escassos pertences.

Esta situação, denuncia AIS, provoca o desmembramento de muitas famílias: há crianças que ficam sozinhas porque não conseguem encontrar seus pais, que foram expulsos, assim como pessoas angolanas casadas com congoleses que devem abandonar o cônjuge.

Os colaboradores de AIS falam de pessoas obrigadas a percorrer até 900 km a pé e de mulheres que entram em trabalho de parto durante o caminho. Muitos anciãos, mulheres e crianças chegam aos campos de refugiados sem terem comido durante dias.

Frente a esta trágica urgência, as dioceses congolesas de Uíje e Mbanza Congo se mobilizaram para auxiliar milhares de refugiados famintos, ao limite de suas forças e com frequência gravemente enfermos.

Em Damba, foram preparados cinco campos de acolhida, mas as fortes chuvas impregnaram o terreno ocupado pelas tendas, provocando uma situação catastrófica.

“Alguns refugiados decidem prosseguir no caminho para outras aldeias onde vivem seus familiares –refere Ulrich Kny. Outros não sabem aonde ir: seus povoados foram totalmente destruídos durante a guerra civil e seus parentes fugiram. Há também os que não são acolhidos por seus próprios familiares e que, com uma dor ainda maior, voltam para algum dos campos de acolhida”.

Em Damba, quatro capuchinhos e quatro irmãs da Misericórdia auxiliam na tarefa incessante de refugiados, oferecendo assistência espiritual, hospedando no convento, distribuindo alimentos, vestes, remédios e encarregando-se da vacinação contra tétano, poliomielite e outras enfermidades.

As monjas assistem cada dia centenas de pessoas, contando com a ajuda de numerosos voluntários da paróquia, mas os refugiados aumenta continuamente e é muito difícil fazer frente a todas as suas necessidades.

Nas últimas semanas, estima-se que foram expulsos cerca de 40 mil angolanos. “Tudo parece indicar que se trata de uma represália pela expulsão de Angola de imigrantes clandestinos procedentes dos países congoleses, iniciada há dois anos”, comenta AIS.

Os representantes da associação, contudo, sublinham que as expulsões dos angolanos não afetam apenas os imigrantes ilegais, mas também aqueles que residem regularmente em uma das duas Repúblicas congolesas, como refugiados da guerra civil ou por qualquer outro motivo.

INFLUÊNCIAS TECNOLÓGICAS SOBRE A FAMÍLIA

INFLUÊNCIAS TECNOLÓGICAS SOBRE A FAMÍLIA
Os anticoncepcionais. A pílula anticoncepcional entrou no mercado em 1960 e revolucionou a sexualidade, a procriação e a família. Os métodos artificiais de planejamento familiar suplantaram os métodos naturais, propiciaram o controle da natalidade por parte dos governos e hoje temos um envelhecimento galopante, além da mentalidade contra a vida e a permissividade moral. Precisamos propagar os métodos naturais e inverter a realidade.
O vídeo game. Nossas crianças recebem lições de violência, pornografia e a exaltação do herói e do mais forte através do vídeo game. Estes filmes e jogos incitam a velocidade do pensamento, "Síndrome do Pensamento Acelerado" (SPA) provocando agitação, impaciência, impulsividade, agressividade, compulsão por novos estímulos. Os pais devem impor limites, dizer não ao vício e cobrar o horário estipulado.
A televisão. Aos 7 anos de idade uma criança já passou 3.000 horas diante da televisão. Introjetou todas as imposições do consumismo. A criança é a maior vítima. A TV é a catequista do consumismo, da lavagem cerebral, dos interesses do mercado. Os Meios de Comunicação, porem tem a missão de humanização, de promoção da dignidade humana, do serviço à verdade, do crescimento da família humana.
O bebê de proveta. A técnica sem ética destrói a vida e a família. Congelamento e eliminação de embriões, clonagem, vasectomia, procriação artificial, são alguns dentre tantos problemas éticos e tecnológicos que influenciam e desrespeitam a vida, a sexualidade, o matrimonio e a família. A humanidade não pode recriar-se só pelos "prodígios da técnica". O homem degrada-se quando quer ser produtor e salvador de si mesmo. A mentalidade tecnicista sem a reverência pela vida, pela pessoa, pela família desrespeita a lei natural e o desígnio do Criador.
O progresso técnico é um bem, mas a absolutização da tecnologia além de ambígua, é perigosa. Sem homens retos e o respeito pelo bem comum, o desenvolvimento integral é impossível, porque se cai na ilusão da onipotência. A tecnologia absolutizada é um novo ídolo.
A internet. Quando usada com bom senso e para o bem a internet é um prodígio que promove a cultura, facilita o intercambio, poupa fadigas. Outra coisa é, seu mau uso. Como sabemos viabiliza fraudes e roubos, afasta a pessoa da convivência e do relacionamento social e pessoal. Experimentamos uma série de desafios e até de degradações: pedofilia, permissividade, desarmonia familiar e separação conjugal, familiar, namoro virtual, erotização e perversão da sexualidade, dependência da moda etc. Percebemos como a ciência tem necessidade da reta consciência e dos valores.
O tecnicismo. Nada contra o trabalho da mulher e do pai fora de casa, mas, o sucesso empresarial pode causar o fracasso familiar. A pressa e o consumismo, fazem a gente morrer no trânsito. As próprias drogas são tecnologia a serviço do mal. Protegemo-nos tecnicamente contra o vírus HIV, mas estamos desprotegidos em relação aos valores e limites. Técnicas sofisticadas e a manipulação das palavras facilitam o aborto. Zelamos pelos ovos de tartaruga e sacrificamos embriões humanos. O desenvolvimento tecnológico, leva a ter mais, porém, não tem condições de ajudar o ser humano a "ser mais". É admirável o domínio do homem sobre a matéria. Foi-lhe dada a ordem de "cultivar e guardar" a terra (Gn 2,15). Não queremos degradar o progresso como também não pretendemos absolutizá-lo.
Esperamos que novas tecnologias inclusive o celular estejam a serviço da vida, do meio ambiente, do bem comum e da dignidade humana. Com um novo estilo de vida e uma mudança de mentalidade, haveremos de diminuir as desigualdades sociais e construir um mundo mais humano onde possamos viver como uma grande família, ou seja, um mundo de irmãos. A tecnologia deve estar a serviço da vida e da família.
Dom Orlando Brandes
Arcebispo de Londrina/PR